

Um espaço só meu onde posso compartilhar e guardar minhas bobeiras encontradas na internet para quem quiser ver, ou não.
Acabei de assistir um clássico da infância, Tropas Estelares, de 1997 e, é muito interessante vê-lo com os olhos de agora, mais amadurecidos.
Tanto foi que delineei certos pontos que considerei um toque de mestre ao filme, a perspectiva do criador em relação ao futuro, todas as informações com esse teor foram colocadas de forma muito sutil, o que deixou ainda melhor o filme.
A igualdade dos sexos me pareceu a mais chamativa de se analisar, sim, caros colegas, no universo de Tropas Estelares, não há muita diferenciação entre os sexos; logo no início da trama eu notei que, numa espécie de futebol americano futurista, havia uma mulher entre todos os homens, jogando normalmente. No banho também não havia qualquer vergonha de nenhum dos lados, homens e mulheres tomando banho juntos na maior normalidade imaginada, isso foi encantador. E também o superior, batendo numa delas, como em qualquer homem, foi algo que chocou inicialmente, pois eu não havia absorvido totalmente a ideia da igualdade sexual. Mas foi uma ótima sacada do filme.
O mundo em federações foi algo pouco explicitado, pelo que parece, as cidades ainda existiam (exemplo de Buenos Aires, de onde vinha o ator principal), mas não existiam países e todos falavam a mesma língua. Talvez nas continuações algo seja mais bem explicitado.
Algo muito peculiar é que as punições se tornaram... Como posso dizer? Arcaicas, afinal, você punir um soldado com dez chibatadas é algo digno da Idade Média, ou do Oriente Médio dominado pelos muçulmanos mais radicais. Também foram citadas a morte por enforcamento e, numa das cenas, um criminoso é capturado e sua execução, numa aparente cadeira para injeção letal, é anunciada na televisão.
Então chegamos ao último ponto futurístico, a programação de TV; vez por outra o filme passava algum tipo de propaganda de alistamento ou matérias sobre a guerra com os insetos, e mesmo a execução do criminoso seria transmitida para todas as redes.
Outras mais comuns, mas que cito rapidamente: tatuagem à laser; banheira de recuperação de ferimentos (estilo que lembra DBZ); cartas vem como um pequeno CD, em vídeo.
Como eu sempre digo aos conhecidos, sou orgulhoso por ter opiniões mutáveis, alguns não entendem e até ficam contrariados imaginando que algo mutável não é algo que dê plena certeza. Mas, para mim o próprio sentido de certeza é sem sentido.
Enfim, estava assistindo alguns promos do Discovery e veio uma leva de pensamentos que sinalizou uma nova perspectiva sobre uma determinada situação. Sobre como as pessoas aproveitam a vida.
Tempos atrás (e até muito recentemente) eu me achava no direito de julgar se uma pessoa estava aproveitando a vida ou não. Por exemplo, achava que ir em festas e tentar ficar com o máximo de garotas possível era uma forma de suprimir alguma insegurança ou mágoa e não era viver.
Mas pensei hoje: quem sou eu para julgar o que é viver ou não? Se na minha própria concepção passada, eu não estaria vivendo, pois fico em casa quase todos os dias e no computador, vivendo uma vida sem realizações consideráveis.
Por isso é com orgulho que registro esse momento de mudança de opinião; tentarei não julgar uma pessoa por suas escolhas, e acredito que cada uma vive a vida da forma que sua concepção considera ser a melhor. Seja adorando seus deuses, indo a festas, fazendo esportes, estudando, ficando no PC o dia inteiro, torcendo pelo seu time e etc.
É claro! Não estou restrito, posso brincar com essas concepções, fazer uma graça com ironia, mas jamais desacreditar que a pessoa está vivendo; evitar ao máximo fazer julgamentos (eu não tenho esse direito) se a pessoa está desperdiçando a vida ou não.
O importante é que ela viva a dela e eu viva a minha, cada um com sua forma pessoal de se viver.
E é claro, um dia posso mudar de opinião novamente hehe. Como a música diz: prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.